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COMUNICAÇÃO
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
O silêncio do mar
A profundeza do oceano da alma é tão azul quanto o escuro dos que respiram com ajuda de aparelhos, as cores do arco íris dos sonhos não são permanentes. Amanhã sonharei outra vez não lembrarei daquela face que me fez dormir até tarde sem mesmo ouvir o despertador da vida.
Por aquela beleza viva abdicaria da vida para dormir até as últimas horas da efemeridade existencial, nenhum vivo seria motivo para o meu despertar. Talvez o passado não seja passado nas minhas lembranças, o presente seja uma ilusão e o futuro algo que não faz sentido.
Estou preso no karma da vida outrora ou no desejo íntimo do que não pode ser real, as rosas não cantam nem os pássaros possuem perfume, os vaga-lumes são lindos na escuridão, muitos desejam beber da fonte da sabedoria, mas quase todos escolhem se afogar no mar da mentira.
O sussurro que me atormenta é o mesmo em que escrevem as poesias dos apaixonados, escuto passos de um passado que se distancia da minha obsessão, ouço a voz de uma lembrança que teima em não ser arquivada no decorrer dos anos, talvez esteja eu ficando louco, o tempo presente me condenará para que a aurora do futuro possa me imortalizar na literatura dos eternos.
O rio um dia vai secar, o beijo nada significa na boca dos hipócritas, o amor não amado é um sentimento não sentido, uns caminhos encurtados são passos desperdiçados, não gostaria de ser o poeta da geração dos depressivos, nem o filosofo dos ignorantes da vida moderna, nem o Historiador dos que não respeitam o passado, nem o político dos psicopatas, nem gostaria de ser o humano dos irracionais violentos. O ciclo se fecha na página apagada, o fim não poderá ser premeditado por usurpadores religiosos.
Apenas escuto sussurros de almas que insistem em ficar, espíritos que não querem partir, talvez a minha memória seja um cemitério sem flores, um sepulcro sem palavras, um campo santo nunca antes visitado, esquecidos pelos que choram em quartos escuros, lembrados apenas pelos covardes que insistem em não o visitá-los.
Isaias Oliveira
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